sexta-feira, 29 de abril de 2011

Repensar?

Cuidar ou não da produção exagerada de lixo ou pra onde ele se destina pode não ser importante pra maioria da população. Viver numa poluição exagerada não é nossa opção, cuidar ou não do planeta depende de nós, o que você prefere : viver muitos anos em um  mundo ''limpo'' ou se afogar em toneladas de lixo e ver-se numa situação desesperadora?

Produção mundial chega a 400 milhões de toneladas.

Em 1997, o mundo produziu cerca de 400 milhões de toneladas de lixo. E essa é a mesma quantidade que um país como a China deve gerar em 2020, de acordo com o Conselho Internacional de Meio Ambiente chinês. No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, em 2000, o país despejou diariamente mais de 200 mil toneladas de resíduos nos lixões, o que equivale a cerca de 73 milhões de toneladas em um ano.
Para diminuir o impacto que esse problema tem sobre o meio ambiente, a melhor saída é incentivar cada vez mais a reciclagem, que permite o reaproveitamento do lixo inorgânico (plásticos, vidros, metais e papéis). Atualmente, essa atividade sustenta cerca de 500 mil brasileiros catadores de lixo. Estima-se que eles estejam organizados em quase 500 cooperativas, criadas em parceria com ONGs, empresas privadas e poder público. E a atividade é lucrativa: rende cerca de R$ 7 bilhões por ano, de acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente.
Mas a reciclagem ainda tem muito espaço para crescer no Brasil. Dos 5.560 municípios brasileiros, apenas 327 têm programas de coleta seletiva, segundo um levantamento feito pela ONG Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre). Mesmo assim, o país está entre os dez maiores recicladores de papel e papelão em todo o mundo.
Em 2005, o Brasil ainda bateu o recorde mundial de reciclagem de latas de alumínio para bebidas, pelo quinto ano consecutivo. Segundo a Associação Brasileira do Alumínio (Abal), o país reciclou 96,2% do material descartado, o que equivale a 9,4 bilhões de latas no ano. Essa reciclagem injetou R$ 450 milhões na economia nacional.

Comemorações de fim de ano produzem 800 toneladas de lixo em Manaus.

          Em média são coletadas 2 mil toneladas de lixo nas segundas-feiras em Manaus, mas em 27 de dezembro e 3 de janeiro foi coletada uma quantidade 40% maior que o normal.

 Os manauenses produziram 800 toneladas de lixo a mais com as festas de natal e ano novo em relação à média diária coletada em toda cidade.

Segundo balanço divulgado ontem pelo subsecretário municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), Túlio Caceres Kniphoff, em média são coletados 2 mil toneladas de lixo as segundas-feiras, mas em 27 de dezembro e 3 de janeiro foi coletado 40% a mais em cada um desses dias.
Em um dia comum, uma família com cinco moradores produz, aproximadamente, dois quilos de lixo, de acordo com o subsecretário. Mas, como nessas datas comemorativas as pessoas estavam em casa, cada família produziu média de cinco quilos, de acordo com Túlio.
“Também, nesses dias, as pessoas consumiram mais alimentos por conta das ceias de natal e ano novo. Houve também uma produção de lixo por conta de materiais descartáveis como embrulho de presentes”, justificou.
Sobre denúncias dos moradores de que a coleta de lixo deixou de ser executada em alguns bairros, Túlio justificou que além do aumento da produção, a carga horária dos funcionários da coleta foi diminuída de 8h para 6h.
Os cem novos garis fazem parte dos mil que serão contratados pela Prefeitura de Manaus. Ontem, a Semulsp abriu licitação  para contratação de uma empresa que vai fornecer a mão-de-obra.

Composição do lixo no Brasil.

Abaixo temos  um gráfico que demonstra o tipo de lixo e a quantidade dele no nosso país :


Produção de lixo cresce 6,8% nos últimos 3 anos no Brasil.

A produção de lixo está em crescimento no Brasil, mas tanto a correta destinação desses resíduos quanto os programas de coleta seletiva não avançam na mesma proporção. Em 2010/2011, o País produziu 195 mil toneladas de resíduos sólidos por dia, um aumento de 6,8% em relação a 2009, quando foram geradas 182.728 toneladas.
Ao longo de 2010/2011, o montante chegou a 60,8 milhões de toneladas de lixo. Dessas, 6,5 milhões de toneladas não foram coletadas e acabaram em rios, córregos e terrenos baldios. Do total de resíduos produzidos, 42,4%, ou 22,9 milhões de toneladas/ano, não receberam destinação adequada: foram para lixões ou aterros controlados (que não têm tratamento de gases e chorume).

Os programas de coleta seletiva também não avançaram na mesma medida: dos 5.565 municípios brasileiros, 3.205 possuem alguma iniciativa de coleta seletiva. Em 2009, eram 3.152 - uma alta de apenas 1,6%, aquém do crescimento da produção de resíduos.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Soluções ao problema

  • Adotar a reciclagem como prática produtiva. Se o País reciclasse todas as latas de aço que consome, seria possível evitar a retirada de 900 mil toneladas de minério de ferro por ano e economizaria energia equivalente ao consumo de quatro bilhões de lâmpadas de 60 Watts.
  • Reduzir a quantidade de lixo produzido nas casas e nas indústrias.
  • Aproveitar tudo o que puder dos alimentos, economizando também nas quantidades. Por exemplo: talos, cascas e folhas de frutas, verduras e legumes são altamente nutritivos e, com um pouco de criatividade, podem ser transformados em pratos saborosos.
  • Pensar bem antes de jogar fora os restos dos alimentos. Será melhor colocá-los em uma embalagem e dar aos que têm fome do que alimentar os ratos que vivem nos lixões.
  • Reutilizar diversos produtos antes de jogá-los fora, usando-os para a mesma função original ou criando novas formas de utilização.
  • Doar o que ainda serve para outras pessoas e instituições de caridade. Exemplos: roupas a ser reformadas, móveis restaurados, vidros e plásticos transformados em utilidades.
  • Repensar os hábitos de consumo e de desperdício. Consumir o nescessário, mas sem exageros. É importante consumir produtos mais duráveis.
  • Não jogar papéis, latinhas e bitucas de cigarro nas ruas, pois vão direto para os bueiros, causando entupimentos e enchentes. Os únicos responsáveis pela poluição das águas, mares, rios e lagos somos nós, a população.


Lixo Extraordinário!

“Lixo Extraordinário” é um documentário que retrata o trabalho do artista plástico brasileiro radicado nos Estados Unidos da América, Vik Muniz, no maior aterro sanitário do mundo: o Jardim Gramacho, nos arredores do Rio de Janeiro. Vik Muniz cria fotografias usando pessoas e materiais dos locais onde elas vivem e trabalham.

Os protagonistas que dão vida ao documentário são pessoas como Tião, o presidente da Associação dos Catadores do Aterro Sanitário; Zumbi, catador desde os 9 anos; Suelem, de 19 anos e mãe de dois filhos; Isis, que foi para o aterro para fugir da rua e da prostituição; Magna, que não tem medo de assumir a profissão quando os transeuntes se queixam do seu mau cheiro; Irmã, que cozinha no meio do lixo para alimentar os catadores, e Valter, catador há 26 anos e que faz campanha pela coleta seletiva e pela reciclagem.

Aplaudido de pé, “Lixo Extraordinário” levou a nomeação para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro 2011.

Produção de lixo cresce mais do que população urbana

Estudo mostra que brasileiros geraram 6,8% mais resíduos sólidos em 2010


O Panorama de Resíduos Sólidos de 2010, estudo realizado pela Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostra que a geração brasileira de lixo cresceu 6, 8% em 2010 comparada aos números do ano anterior – índice seis vezes maior do que o crescimento da população das cidades no mesmo período. O País eliminou um total de 60,8 milhões de toneladas de lixo sólido em 2010.

De acordo com o Panorama, cada brasileiro produziu em média 378 quilos de resíduos em 2010, contra os 359 quilos registrados em 2009 – um crescimento de 5,3%. A boa notícia é que a coleta de lixo também cresceu 7,7 % em 2010, foram 54,1 milhões de toneladas recolhidas.


No entanto, a reciclagem não acompanhou o crescimento da produção de lixo, 57,6% dos municípios brasileiros afirmaram contar com algum tipo de iniciativa. Em 2009, foram 56,6%. Cerca de 23 milhões de toneladas de lixo ainda não têm destinação adequada em aterros sanitários, e acabam parando nos lixões.



O que é Resíduo Sólido?

Os resíduos sólidos são partes de resíduos que são gerados após a produção, utilização ou transformação de bens de consumos (exemplos: computadores, automóveis, televisores, aparelhos celulares, eletrodomésticos, etc).

Grande parte destes resíduos é produzido nos grandes centros urbanos. São originários, principalmente, de residências, escolas, indústrias e construção civil.

Muitos destes são compostos de materiais recicláveis e podem retornar a cadeia de produção, gerando renda para trabalhadores e lucro para empresas. Para que isto ocorra, é necessário que haja nas cidades um bom sistema de coleta seletiva e reciclagem de lixo. Cidades que não praticam este tipo de processo, jogando todo tipo de resíduo sólido em aterros sanitários, acabam poluindo o meio ambiente. Isto ocorre, pois muitos resíduos sólidos levam décadas ou até séculos para serem decompostos.

Alguns tipos de resíduos sólidos são altamente perigosos para o meio ambiente e merecem um sistema de coleta e reciclagem rigorosos. Podemos citar como exemplos, as pilhas e baterias de celulares que são formadas por compostos químicos com alta capacidade de poluição e toxidades para o solo e água.